Mais uma vez a Prefeitura de Belo Horizonte rasga o meu e o seu dinheiro e nada vaia acontecer com os responsáveis. Explico. A Av. Olegário Maciel está recebendo recapeamento asfaltico em toda a sua extensão. Porém, ela não precisaria de asfalto novo em vários trecho onde o piso está em perfeitas condições de trafegabilidade, como nos quarteirões entre a Rua Gonçalves Dias e a Praça Raul Soares.
Mais da metade dos trechos da Av. Olegário Maciel que receberam asfalto estava com o piso liso. Inexplicavelmente, a alguns metros abaixo, nas Ruas Curitiba, Thomaz Gonzaga, Professor Antonio Aleixo, Barbara Eliodora, o piso está completamente destruído, precisando de manutenção. A Rua Professor Antonio Aleixo, cujo fluxo de veículos é intenso o dia inteiro, pois cumpre papel de corredor entre as Praças Carlos Chagas e a Praça da Liberdade, é o maior exemplo.
Asfalto é um bem precioso, raro, caro e deve ser usado com racionalidade, não pode em nenhuma hipótese ser desperdiçado. É provável que a resposta da Assessoria de Imprensa da Prefeitura seja a mesma de sempre: “Na avaliação dos técnicos da SUDECAP, a Av. Olegário Maciel precisava de asfalto novo em toda a sua extensão”. O técnico que afirmou isso precisa ser demitido, pois não se coloca betume encima de piso liso, desnecessariamente, por capricho ou estética.
Fica a pergunta: Quais os critérios para escolha e aplicação de asfalto em Belo Horizonte? Cadê o Ministério Publico? Cadê o Prefeito? Cadê os Vereadores? Dinheiro publico precisa ser usado com critério e racionalidade, respeitando o principio da prioridade e não o de interesses de empreiteiras ou de técnicos sem compromisso com o que é da coletividade. ABSURDO é pouco para qualificar o que fizeram na Av. Olegário Maciel com o nosso dinheiro. Caso de polícia.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Mobilidade e Assuntos Urbanos
Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas
ONG SOS Mobilidade Urbana
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