Beagá, tem localização estratégica para sediar grandes eventos de negócios, inclusive internacionais. Porém o encerramento antecipado da Bienal do Livro mostra que isso está longe de virar realidade na cidade.
Capital dos Bares, Belo Horizonte sempre foi induzida como uma cidade para o turismo de negócios. Localizada em região estratégica, entre o sul e norte-nordeste do país, a capital mineira seria o espaço ideal para promover grandes eventos de empresas e governos.
A falta de prevenção e segurança no teto do Expominas, foi palco do episodio mais emblemático dessa deficiência, bastou uma “forte chuva” para as placas que forravam o teto dos pavilhões desabarem. Resultado: a Bienal do Livro foi encerrada com dois dias do previsto, trazendo prejuízo para o publico carente de eventos culturais, os expositores reclamaram do investimento feito e dos prejuízos.
Há pouco mais de 20 dias aconteceu o 29° Congresso Mineiro de Municípios, evento esse que reuni diversos políticos entre eles o Senador Aécio Neves, uma catástrofe anunciada selaria talvez a chance do futuro candidato a Presidência em 2014.
Fica a pergunta, grandes organizadores de eventos terá grandes decisões a serem tomadas no futuro, antes de bater o martelo e escolher Belo Horizonte para sediar grandes feiras de negócios.
Estrutura conhecida:
Belo Horizonte tem poucos centros de convenção, o Minascentro, na região central, precisa passar por fortes adaptações, não possui estacionamento e participantes e expositores sempre reféns de flanelinhas, alem de não comportarem grande publico, Expominas temos o exemplo da fragilidade. O Turismo de negócios da capital mineira está refém de locais que representa problema e falta de estrutura.
Veja matéria do Hoje em Dia sobre suposto superfaturamento no Congresso Mineiro de Municipios !
Fundada em 1952, a associação, hoje comandada pelo prefeito de São Gonçalo do Pará, Ângelo Roncalli (PR), sobrevive de mensalidades pagas pelas prefeituras de Minas e da renda de eventos e congressos.
Em entrevista gravada por telefone, o atual superintendente da AMM, Gustavo Persishini, nega as irregularidade nos contratos. No entanto, a denúncia partiu de dentro da própria associação, de funcionários que ocupavam cargos de confiança, mas que acabaram demitidos poucos dias depois de entregarem um dossiê detalhando os supostos superfaturamentos. Agora, um dos delatores vai depor como testemunha para um grupo de promotores de Justiça de Belo Horizonte.
O Hoje em Dia teve acesso aos documentos. Ao analisar separadamente cada item, foi verificado um aumento de até 117%. É o caso da estrutura identificada como “palco sessão solene”. Em 2011, o espaço de 15 m x 5 me 1,05 m de altura, com nove mesas e 18 poltronas, custou R$ 11.500. No ano seguinte, o espaço, com altura 5 cm menor, custou R$ 25 mil. O relatório entregue ao MP questiona o aumento. “Como um palco menor mais que um palco maior, tendo como base os mesmos móveis?”.
Há casos, inclusive, em que o preço subiu mesmo com a redução da estrutura, como por exemplo, a “sala de palestras”. De 2011 para 2012, o aluguel passou de R$ 7.900 para R$ 10.200, mesmo sendo suprimidos seis totens de madeira, o que teoricamente deveria garantir uma redução no preço.
Caso semelhante aconteceu na montagem da “secretaria para credenciamento”. Segundo o documento, a mesma estrutura nos anos de 2011 e 2012 com a diferença que, neste ano, a área do local passou de 96 m2 para 79,2 m2. Mesmo assim, o valor pago passou de R$ 11 mil para R$ 16.500.
No item “passadeira de corredores”, os simbólicos tapetes vermelhos, os preços tiveram, para o espaço de 3 mil m2, um acréscimo de R$ 13.500, passando de R$ 24 mil para R$ 37.500, o que representa um salto de 56,25%.
“O fornecedor do carpete é mesmo para todos os montadores existentes em Minas Gerais, sendo impossível ter uma oscilação de R$ 13.500”, diz o documento entregue ao MPE.
Apesar do relatório dizer o contrário, o superintendente da AMM, Gustavo Persichini, alega que o gasto cresceu porque a estrutura do congresso também cresceu. “Em 2011, 7.500 pessoas participaram do evento. Agora nossa projeção é de 10 mil pessoas”.
Ele também rechaça a necessidade de a associação ter que prestar contas dos seus gastos para a sociedade. “A AMM não é órgão público”, considera. Com essa alegação, ele se recusou a fornecer ou confirmar qualquer dado financeiro à reportagem. A empresária Andréia Regina, do Grupo Dimensão, foi procurada por telefone e via e-mail, mas não se manifestou até o fechamento da edição.