Belo Horizonte será a primeira das seis cidades-sede da Copa das Confederações a passar pelos testes de transmissão de sinal, que levarão as imagens dos jogos da competição para a televisão. A informação foi dada pelo presidente da Telebrás, Caio Bonilha, durante palestra realizada na sexta-feira, dia 5, na sede da Prefeitura de Belo Horizonte, no Centro, sobre o desenvolvimento tecnológico no Brasil, a convite do prefeito Marcio Lacerda. A previsão é que os testes sejam feitos no início de maio, na Pampulha, próximo ao estádio Mineirão. A conexão será entre BH e Brasília. A competição acontece em junho, entre os dias 15 e 30.
A justificativa para que o primeiro teste seja realizado na cidade é o fato de que a capital mineira será a sede do Centro de Imprensa da Copa das Confederações. Isso significa que a convergência de todos os sinais de TV e de mídia será feita em Belo Horizonte e, posteriormente, distribuídos para o Brasil e para o mundo. De acordo com o presidente da Telebrás, outro fator são as várias facilidades que a cidade apresenta e que são resultantes de parcerias antigas, relacionadas à rede, feitas com a Prodabel e a Cemig. “Estaremos com toda nossa rede pronta, nas seis cidades, até 15 de abril. Os testes serão iniciados no começo de maio. BH foi escolhida para ser a primeira cidade por ter proeminência nesse evento da Copa das Confederações”, disse.
De acordo com o prefeito Marcio Lacerda, o objetivo do encontro realizado na PBH se dá pelo papel importante que a Telebrás tem no país como prestadora de serviço na área de comunicação de dados. Segundo ele, as ações desenvolvidas pela empresa são de extrema importância para a melhoria de todas as áreas de desenvolvimento. “A ideia era que Caio Bonilha expusesse o papel estratégico da Telebrás e os planos, projetos e possibilidades de parceria com todas as entidades que se dedicam à tecnologia da informação”, explicou. A palestra foi destinada aos representantes de empresas das áreas de tecnologia da informação e telecomunicações, instituições de ensino, sindicatos patronais e trabalhistas, representantes do poder legislativo, secretarias e demais organizações.
Dos projetos que já estão em desenvolvimento em Belo Horizonte, foi citado o trabalho de fortalecimento das redes de fibras óticas em algumas regiões da cidade. “A intenção é criar uma rede capilarizada para atender todas as necessidades da administração municipal, assim como desenvolver o Programa Nacional de Banda Larga, que tem objetivo de ampliar a rede na periferia de BH e nas cidades que compõem e região metropolitana, onde há carência do serviço”, explicou Bonilha. Para o trabalho, a Prefeitura disponibilizou os dutos, que integram o sistema e, em contrapartida, a Telebrás cedeu as fibras óticas. Já foram instalados 56,4 quilômetros de rede subterrânea e aérea na capital, mas a expectativa é que esse número chegue a cinco vezes mais até o final do ano.
Três jogos da Copa das Confederações serão realizados em Belo Horizonte. O primeiro deles será no dia 17 de junho, entre Taiti e Nigéria. No dia 22, é a vez de Japão e México se confrontarem. O estádio ainda será palco de uma das semifinais do torneio, no dia 26. Todos esses jogos serão realizados no Mineirão. A abertura do torneio será no dia 15 de junho, em Brasília, com o jogo entre Brasil e Japão. Além de BH e Brasília, a Copa das Confederações acontece no Rio de Janeiro, em Fortaleza, Recife e Salvador.
Programa Nacional de Banda Larga
O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) foi criado pelo decreto 7.175, de 12 de maio de 2010. A intenção é expandir a infraestrutura e os serviços de telecomunicações, promovendo o acesso pela população e buscando as melhores condições de preço, cobertura e qualidade. A meta é proporcionar o acesso à banda larga a 40 milhões de domicílios brasileiros até 2014 à velocidade de, no mínimo, 1 Mbps (megabites por segundo).
Para isso, o governo oferece uma série de ações estratégicas, com finalidade de otimizar o trabalho, atingir a meta estabelecida para o programa e tentar inserir o país nesse mercado de maneira mais participativa. Atualmente o setor tecnológico movimenta US$ 73 bilhões por ano, com apenas US$ 3 bilhões em exportações.
Das iniciativas para estimular todos os estados do Brasil a colaborar com o desenvolvimento tecnológico nacional está a criação do Programa Estratégico de Softwares e Tecnologia da Informação, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Existe também o Fundo Setorial de Tecnologia, o Programa Nacional de Apoio às Incubadoras e Empresas e Parques Tecnológicos e o Programa Softex, que pode ser coordenado por uma Organização da Sociedade Civil de Interesse (Oscip).
O Governo Federal disponibiliza para este mercado cerca de R$ 5 bilhões. Esse investimento se dá através de fundos privados ou de recursos vindos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), como os da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Cerca de metade das empresas beneficiadas pela Finep por meio de investimentos como o VC (Venture Capital) e PE (Private Equity), são de tecnologia de informação.
Objetivos do PBNL
• Criar oportunidades.
• Acelerar os desenvolvimentos econômico e social.
• Promover a inclusão digital.
• Reduzir as desigualdades sociais e regionais.
• Promover a geração de emprego e renda.
• Ampliar os serviços de governo eletrônico.
• Facilitar aos cidadãos o uso dos serviços do Estado.
• Promover a capacitação da população para uso das tecnologias de informação.
• Aumentar a autonomia tecnológica e a competitividade brasileiras.