AIDS tem jeito – este foi o tema do Minas Movimenta do último fim de semana. Programas oficiais e solidariedade de pessoas que se dedicam à causa têm trazido alento e vida para os aidéticos. Curioso é que as iniciais dessa síndrome formam palavra que, em inglês, significa ajuda. Com ajuda de outras pessoas, AIDS tem mais jeito ainda. Foi o que mostrou o programa apresentado por Rodrigo de Castro na TV Alterosa.
O programa entrevistou a Sra. Fernanda Junqueira, coordenadora estadual DST/AIDS que apresentou o quadro da doença em Minas e os esforços empreendidos para enfrentá-la. Por ano, morrem, no Estado, 800 pessoas com AIDS; e 1.500 novos casos são identificados. Integram o Plano de Ação e Metas, para obtenção de recursos específicos do Ministério da Saúde, 55 municípios. Além disso, o Estado conta com 44 unidades de SAE-Serviço de Atendimento Especializado, 41 CTA-Centro de Testagem e Aconselhamento, 55 UDM-Unidade Dispensadoras de Medicamentos e 89 maternidades capacitadas para a assistência especializada a parturientes com HIV.
O programa foi até o bairro Sagrada Família para conhecer um CTA-Centro de Testagem e Acompanhamento, onde é possível realizar o teste rápido de AIDS, com resultado em 15 minutos. Esse processo facilita o diagnóstico e o registro da doença, tendo sido identificados, somente em Belo Horizonte, no ano passado, 351 novos casos. O CTA conta também com uma estrutura de assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos para ajudar os pacientes a lidar com a doença.
O Minas Movimenta ouviu também o coordenador municipal DST/AIDS, Mateus Westin, que falou das políticas públicas de combate e tratamento da AIDS levados a efeito pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo ele, o esforço tem logrado êxito, em razão, sobretudo, de medidas, como o aumento da distribuição de camisinhas (hoje 7 milhões/ano); e de programas educativos, como o “BH de mãos dadas contra a AIDS”.
Em entrevista realizada com a infectologista Dra. Virgínia Antunes, do Hospital Eduardo de Menezes, foram apresentados os dados estatísticos que, entre outros indicativos de êxito das políticas públicas, revelam, no ano 2010 em relação a 2000, redução de 55% nos casos de HIV em menores de cinco anos. A especialista falou também sobre as formas de contaminação da doença e sobre a evolução do tratamento.
Outra especialista ouvida pelo programa foi a Dra. Irene Adams, infectologista e voluntária da Clínica Ammor – Ação Multiprofissional com Meninos em Risco, situada no bairro Lagoinha. A clínica atende crianças de zero a dezoito anos, moradores de rua, vítimas de abandono ou violência ou abrigados por ordem judicial. O trabalho é de resgate da autoestima, cidadania e da convivência em família. A entidade mantém ainda dois projetos: o de oficinas de papel reciclável para geração de renda para pessoas com AIDS; e o de Educação Sexual nos Abrigos.
Como se vê, disse Rodrigo de Castro à nossa equipe, depois de apresentar o programa, “…AIDS não é mais sentença de morte, nem motivo para preconceitos. É uma alerta no sentido de que todos devem prevenir-se e um apelo à compreensão humana no sentido de que prestem ajuda, inclusive orientando quem precisa na busca de tratamento. Com solidariedade, AIDS tem jeito! ”.