Para levar em frente a ideia de instalar ciclovias, mesmo estando mais do que comprovado que a população é contra, a BH Trans vem estreitando vias importantes da Capital e dificultando ainda mais o já intrincado transito, que não flui. Vejam os exemplos das Avenidas Olegário Maciel, Álvares Cabral e Professor Morais. Se não bastasse os estreitamentos de cruzamentos, agora as faixas de circulação, ou “pace”, como é conhecida a sinalização horizontal que separa uma pista da outra, também são alvo da desorientação da empresa gestora do transito.
Contraditoriamente, quanto mais represado o trânsito, nos funis dos cruzamentos, e menor é a largura dos estacionamentos, nas laterais das vias onde o faixa azul é disponibilizado, mais a indústria automobilística fabrica carros largos. Especialmente os modelos utilitários esportivos (SUV), que é sonho de consumo de 9 em cada 10 brasileiros. A teimosia deles não tem limite, basta ver que a maioria dos veículos estacionados, estão ficando com um dos lados para fora do espaço reservado para estacionamento. Eles não conseguem compreender que não se muda cultura enfiando modelos importados goela abaixo da população.
È preciso ter um pouco de humildade e reconhecer que as ciclovias não deram certo. Contudo, é exatamente o contrário o que estamos assistindo. A pergunta que todo cidadão belo-horizontino gostaria de fazer: Por que a BH Trans continua insistindo com as ciclovias, mesmo depois de 6 anos tentando em vão mudar a cultura e o Prefeito segue cego surdo e mudo, fingindo não ver que a população é contra esse projeto? A cada nova ciclovias o dinheiro publico, que poderia ser útil em obras viárias essenciais e urgentes, está indo para o ralo. Isso só não vê, quem não quer.
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Mobilidade e Assuntos Urbanos.
Presidente do CEPU ACMina
CRA MG 0094/94
31-9953-7945